segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

Que Homem é esse?

Graziela Liana


Casa, trabalho, filhos, família. Esse seria um cenário perfeito para uma idéia conceitual de “vida normal”. Uma vez mudando de cenário, o que esperar dessa transformação? A mulher sai de casa, entra no mercado de trabalho e passa a assumir posição de destaque. O homem, que ate então era responsável apenas pelo sustento familiar, passa a dividir tarefas e auxiliar na educação dos filhos. Novo cenário e novo conceito de normalidade. Com a disputa e a vida competitiva, conceitos comportamentais são inovados, surgindo então o homem objeto.

Culto ao corpo e inteligência artificial. Assim define a Psicóloga e Sexóloga Rosita Simões. Segundo ela, o homem objeto sempre existiu. Movido pelo desejo e, quando se anula em função da conquista, passa a não ter luz própria. “O que alguns classificam como objeto, pode na realidade, ser um desvio de personalidade. Isso poderá ocorrer em função da pouca idade, em função de valores inerentes ao grau de educação ou por influência do meio social”.

A psicóloga também não foge da idéia de competição. “Chegamos a um grau de independência e evolução que o homem não quer mais ser tão responsável. Ele quer competir e ver até onde vai. Já que a mulher lutou tanto e conquistou seu espaço, por que não reconquistar a velha postura masculina?”.

O previdenciário Emílio Xavier, é enérgico: “ O Homem só poderá ser classificado de objeto, quando perde seus valores e expõe seu corpo, ou o seu sexo para obter vantagens pessoais, ou, tirar proveitos financeiros através dessa prática. O homem nasceu bom e , se bom não se conservou a culpa foi da sociedade que o transformou.”

Opiniões diferentes de uma mesma realidade. Na Guerra dos Sexos, encontramos como mediador, valores primários e o velho bom senso. À favor ou contra, homens ou mulheres, objetos ou não, devemos tentar imputar valores que mudem esse quadro social, na busca pelo respeito, civilidade e dignidade.

Nenhum comentário: