segunda-feira, 3 de setembro de 2007

Médicos Sem Fronteiras confirma "guerra civil"

Jane Carvalho


Este ano, a ONG Médicos Sem Fronteiras voltou a realizar projetos no Rio de Janeiro, sendo que desta vez, comandados pela equipe italiana. O MSF começou o trabalho de assistência médica no Brasil no início dos anos 90,com a equipe francesa. Entretanto, no começo do ano passado terminaram o trabalho e repassaram os projetos para as autoridades competentes. A razão da entidade voltar ao Brasil, foram pesquisas que apontaram uma "guerra civil" não assumida oficialmente pelas autoridades.


Mesmo sem o governo do estado do Rio de Janeiro oficializar a situação de guerra civil urbana, a situação de guerrilha é confirmada por Kael Rodriguez, integrante do MSF, afirmando que "os moradores da cidade já estão acostumados com a guerrilha e a banalização do assunto. São constantes os conflitos nas favelas do Rio, e moradores vivem meio ao fogo cruzado. Uns perplexos e outros anestesiados".

A favela do Alemão é um dos pontos críticos a serem trabalhados pela ONG, que partiu da constatação de que a vida dos moradores daquela região se equipara a de alguns povoados da África. A ONG Médicos Sem Fronteiras foi criada, em 1971, por um grupo de jovens médicos e jornalistas que trabalharam como voluntários na Nigéria, durante uma guerra civil que arrasou o país.
A finalidade da ONG consiste principalmente em prestar assistência médica, rápida e precisa aos que necessitam, em países subdesenvolvidos, independente de religião, raça, nacionalidade, ou até mesmo, dos interesses políticos. Com o objetivo de sensibilizar a sociedade para as vítimas de guerras, catástrofes, conflitos, epidemias e exclusão social, que muitas vezes são esquecidas por covardia e silêncio das autoridades locais e entidades internacionais.

Com a constatação da "guerra civil' não declarada pelo governo do estado do Rio de Janeiro, o MSF retornou com a missão de prestar assistência às comunidades carentes. A ONG retomou projetos como o Meio-Fio, realizado anteriormente na favela da Cidade Alta. E novamente o MSF não tem previsão de saída, uma vez que começaram os projetos de instalação de hospitais dentro das favelas, como a do Alemão, além de confirmar que não existe nenhum tipo de acordo com traficantes e políticos.


Conheça melhor o MSF:






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