quinta-feira, 29 de novembro de 2007

Cândida Serão

As mulheres de décadas atrás, eram vetadas de votar, nascuam para se tornar donas-de-casa, não ocupavam nenhum cargo importante em empresas, e também eram proibidas de praticar artes marciais. O esporte era considerado pesado para a classe feminina. No Brasil, um decreto assinado por Getúlio Vargas, proibia as mulheres de praticar esportes considerados incompatíveis com as condições femininas. Mas essa história mudou, e graças a ‘garra’ da classe, elas estão presentes em tatames de várias academias da cidade.

A arquiteta Ana Carolina, de 32 anos, treina Aikidô, há dez anos na Fit Factory, em Botafogo, para ela é mais do que um esporte é uma qualidade de vida. “Os praticantes buscam na arte, a harmonia, o encontro com a serenidade, o autocontrole, não apenas no tatami, durante os treinos, mas como algo permanente, que se estenda para o dia-a-dia de cada um."

Mas como os homens se sentem em relação a isso, ameaçados? “De jeito maneira, as mulheres deixaram aquela aparência de fragilidade, agora é igual por igual, tanto no tatame, quanto no mercado de trabalho, afinal as mulheres sempre são lutadoras, aqui ou na vida”, revela o aluno, Bruno Montes, de 30 anos, e que treina com Ana Carolina.

Para o professor da modalidade, André Heidji, as mulheres tem colocado muito marmanjo pra suar. “Os meninos são mais fortes, mas as mulheres são mais inteligentes”, explica. Mas outros atrativos também tem atraído as meninas para as aulas, além da defesa pessoa.

O professor André assegura: “As artes marciais proporcionam uma boa condição física, fortalecendo os seus sentidos, suas articulações e o equilíbrio das funções cardiovasculares, ajudam a evitar o sobrepeso e a obesidade, sem deixar o corpo masculinizado, assegurando a sua beleza e feminilidade”.

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