segunda-feira, 26 de novembro de 2007

Jovens da Paz


Livia Marinho

Nos últimos meses muitas notícias envolvendo jovens apareceram na mídia, e a maioria delas tratava de jovens violentos, envolvidos com drogas ou com comportamentos inconseqüentes. Mas se você pensa que todo jovem é assim, está enganado. Existem grupos de jovens que vencem os preconceitos e se dedicam a uma vida correta com uma religião a seguir.
É o caso de Paulo Farinelli, integrante a da igreja evangélica Sara Nossa Terra, que garante que leva uma vida normal como todo jovem, mas segue os preceitos religiosos da igreja. “Eu saio, freqüento boates, namoro e tudo mais. A única diferença é que acredito em Deus e na igreja, e por isso às vezes tenho pensamentos diferentes sobre determinados assuntos”, comenta.
Entre os motivos que levam o jovem para a igreja estão a identificação com os dogmas, a vocação, influência da família, a fuga de problemas, dentre outros. Mas segundo o padre José Benedito o importante é levar os ensinamentos para o dia-a-dia. “Não adianta o jovem achar que vem para a igreja e por isso é uma pessoa boa, se na sua rotina ele trata mal as pessoas ou não tem bons pensamento. Mas ter a juventude inserida na comunidade cristã é muito bom, é sinal de que a igreja está se renovando”, afirma o religioso que já esteve à frente do movimento jovem da igreja de São Judas Tadeu durante mais de 10 anos.
Mesmo com o crescente número de jovens assumindo suas crenças, eles afirmam que ainda existem preconceitos. “Tem gente que nem sabe o que fala, não sabe o que significa ter uma religião. Já fui chamada de crente, beata e de outras coisas, e sempre ouço brincadeiras. Tenho amigos que não se conformam quando eu saio mais cedo da praia porque tenho que ir à missa”, conta Ana Eduarda de Oliveira, que participa do Encontro de Jovens com Cristo da Matriz Cristo Redentor.
Para verificar essa mudança do público que segue uma religião basta observar por exemplo os cultos com bandas de rock, missas com violões e baterias, círculos de orações com muita música. “A gente toca guitarra, faz barulho e louva, essa foi a forma que nós encontramos de dar a nossa cara para a nossa religião e fugir do convencional. Mas também existem os momentos de retiro, de calma e tranqüilidade”, conta Paulo.
A religião também tem o papel de direcionamento, como diz o pastor Fernando Pontes, “Além de mostrar Deus aos jovens, também mostra a eles um caminho bom a ser seguido, para que eles sejam diferentes desses jovens dos noticiários. A religião ensina valores de vida”.

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